segunda-feira, 23 de julho de 2012

San Francisco (parte 2)



Green Tortoise
Quando viajei para os Estados Unidos há 13 anos, fiquei apenas em San Diego e arredores, mas o plano inicial era San Francisco, que nunca cheguei a visitar nesse tempo todo, mas que sempre ficou na minha cabeça. Assim como Nova York e Paris, a gente vê San Francisco em filmes, ouve em músicas, lê e cria uma ideia da cidade, e normalmente essa ideia está correta, por mais que tenhamos a tendência de romantizar a coisa toda. E no primeiro dia caminhando pelas suas famosas e íngremes ladeiras já admitia que San Francisco era tudo o que eu imaginava e muito mais. De todas as cidades até agora, é a única em que teria vontade de ficar e morar. 
Chinatown


Los Angeles estava no meu roteiro inicial, mas como muita gente me falou que seria apenas um desperdício de tempo e dinheiro, troquei por Santa Barbara.  Encontrei há pouco um inglês (que está no terceiro mês de uma viagem de um ano) e ele foi a primeira pessoa que me falou bem – muito bem – de Los Angeles. Fiquei surpreso, e ele conclui que a impressão que se vai ter de cada cidade depende muito das pessoas que você conheceu lá. Não poderia concordar mais. San Francisco é uma cidade muito bonita a agradável, rica pra se explorar em vários aspectos, mas o que fez mesmo a diferença foram as interações.  E o albergue em que fiquei contribuiu muito pra isso.

Green Tortoise
Fiquei no Green Tortoise em Seattle e achei bem bom, um dos melhores em que já fiquei até hoje, bem diferente do Green Turtle, um lixo de albergue na capital da British Columbia, Victoria. A estrutura era boa, tudo funcionando direito e um clima agradável. Mas o Green Tortoise de San Francisco é bem diferente. A infraestrutura de quartos e banheiros pode não ser tão boa (são bem menos espaçosos), mas o resto é tremendamente melhor. Para compensar os banheiros pequenos e os estreitos corredores nos andares dos quartos, há um imenso salão de festas antigo, com decoração velha mas inalterada: pédireito altíssimo, janelões com vitrôs, sofás em U (ou será em C?)e um palco. Tudo no albergue leva a ter mais proximidade com os outros hóspedes:  grandes mesas coletivas; eventos noturnos diários (ouve um pub crawl com um campeonato de Pedra-Papel-Tesoura com  cerca de 40 participantes, no qual não passei da primeira fase, com uma vitória e duas derrotas); três  vezes por semana há jantar grátis, em que voluntários fazem a comida regidos pelo chef italiano. O clima é tão bom que, à noite, muita gente nem sai:  mesmo num sábado de intensa atividade noturna na cidade, trazem seus drinks e ficam até altas horas no salão. Havia reservado três noites lá, mas no segundo dia já estendi minha estadia por mais quatro. Recomendo sem restrições. 
Cidade das ladeiras (ou lombas, em gauchês)


Alcatraz, só três fugiram


Palace of Fine Arts, construído em 1912


Golden Gate Bridge estava encoberta


Japantown


Luz no fim do túnel




Golden Gate Park




Banksy esteve aqui


Segurando firme meus dólares na mão esquerda


Acredite, eles ainda não tinham começado a beber 


Hendrik, Johan, Djegovsky, alemão, americana

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